terça-feira, 7 de julho de 2009

BASALTO AGRÍCOLA


Metodologia de utilização do pó de basalto

O produto pode ser utilizado de várias formas e com diferentes granulometrias, dependendo da cultura e da técnica de produção adotada. Todos os resultados obtidos até o momento foram de experimentos realizados com o pó mais fino que é produzido na britagem (granulometria semelhante a do cimento), uma vez que, um dos objetivos era o de solucionar o problema da poeira nas pedreiras e por outro lado, necessitava-se de respostas rápidas para convencer os produtores a aderir à tecnologia. Para condições de campo, como frutíferas, olerícolas e mudas produzidas no chão, estamos preconizando a utilização de um material mais grosseiro, com granulometria de até 2 mm (semelhante a areia grossa), por ser mais abundante nas pedreiras e por proporcionar um efeito mais prolongado para as culturas. Outra maneira interessante de utilização do pó de basalto é adicionado à compostagem e produção de biofertilizante líquido, ou até mesmo nas camas de aves e nas lagoas de tratamento de dejetos animais.

De maneira geral, testamos das seguintes formas:

a) olerícolas
- obtenção da muda - mistura-se em torno de 3 kg de pó fino para cada m3 de substrato na ocasião da formulação do mesmo. Quando a muda é adquirida de terceiros, adiciona-se 20 g para cada 10 litros de água e procede-se uma rega ou duas, que é para aumentar o enraizamento e tornar a muda mais firme e resistente ao pegamento.
- produção - coloca-se um punhado, cerca de 50 gramas por cova, em mudas como couve, repolho, brócolos, beterraba.

b) flores de caixaria (tagetes, begônia, alegria-de-jardim, etc) – adiciona-se de 3 a 5 kg de pó fino para cada m3 de substrato, seja o mesmo de formulação própria ou substrato pronto adquirido de empresas especializadas. Da mesma forma, adiciona-se na sementeira, misturando à vermiculita, o que proporciona a produção de mudas com mais raízes e mais resistentes.

c) mudas de árvores nativas e exóticas– semelhante às mudas de flores, adiciona-se ao substrato, podendo ter granulometria maior, para proporcionar um efeito mais prolongado, principalmente nas nativas, pois necessitam de mais tempo no viveiro até o plantio definitivo. No caso das mudas exóticas (acácia, eucalipto e pinnus) dilui-se na água e rega-se 1 vez por semana.

d) mudas cítricas – adiciona-se o pó no leito de germinação do porta-enxerto e também na ocasião do tratamento de pré-germinação, que consiste em deixar as sementes do porta-enxerto de molho em água antes da semeadura, onde se adiciona pó de rocha. Durante o período de produção da muda, que é de aproximadamente 3 anos, pode-se adicionar o pó ao solo, incorporando através de capinadeira, nos momentos de maior crescimento da muda, além de uma dose de reforço na última quinzena que antecede a comercialização da muda, para ter um pegamento maior no plantio no local definitivo.

e) árvores frutíferas – utilizar o produto com uma granulometria maior, para obter resultados mais duradouros, devendo ser aplicado na produção da muda e na ocasião do plantio, principalmente em solos arenosos ou argilosos muito intemperizados. A campo, deve-se observar sempre que o solo deve ter atividade biológica, ou seja, um manejo que contemple cobertura verde e a não-utilização de herbicidas. No caso de solo desnudo, deve-se utilizar o pó de rocha agregado a um adubo orgânico bem curtido, dando preferência aos de ruminantes (cabra, ovelha e bovinos), que são mais ricos em microrganismos benéficos ao solo, e, por isso funcionam como ativadores da atividade biológica.




Pareci Novo, 11 de dezembro de 2007.

Gilnei Antônio Galvagni
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